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Uma noite de Soda Cáustica
20 de janeiro de 2019

Fotografia de Ado Hennrichs

 

No sábado, 26 de janeiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta filme de Rene Goya Filho com show histórico de Jupiter Apple realizado em Porto Alegre, em 2001, no período de divulgação do disco Plastic Soda. Após a exibição, o diretor e o músico Ray-Z, integrante da banda que acompanhou Júpiter naquela noite, conversam com o público. Com entrada franca, a sessão acontece no dia em que o saudoso compositor Flavio Basso celebraria seu 51º aniversário.

CAUSTIC SODA

O show de Jupiter Apple, um dos pseudônimos mais célebres de Flávio Basso, foi gravado durante o projeto Trama ao Vivo, no ano de 2001, no Bar Opinião, em Porto Alegre. Dirigido por Rene Goya Filho e produzido pela Estação Filmes, o material foi feito em co-produção com a gravadora Trama e exibido em parte apenas na extinta TVCOM/RBS TV.

Perdido por quase 18 anos nos arquivos da produtora, o show foi resgatado no final do ano passado graças à sugestão feita pelo programador da Cinemateca Capitólio Petrobras, Leonardo Bomfim, ao diretor, que finalmente reencontrou e preparou o material há tanto tempo parado. Produzido originalmente no formato Betacam SP, o show que será exibido está exatamente como foi captado ao vivo, sem reedições ou inserção de novas cenas. Uma preciosidade para os fãs e amantes do rock gaúcho.

No repertório, Júpiter apresenta versões eletrificadas e barulhentas de canções do bossanovista Plastic Soda, revisita material de seu cultuado disco de estreia, A Sétima Efervescência, e introduz algumas composições inéditas. A resenha do show de Douglas Dickel, publicada no site Scream & Yell, destaca: “Flávio Basso (ex-Cascavelettes e TNT) é tão criativo que vira um terceiro Júpiter no palco. Seu baixo Epiphone é o centro do som (…) o que era “plastic” virou “caustic”, mas sem perder o gosto de soda. O que era psicodélico, virou rock inglês de primeira, sem comparação com o som de qualquer grande banda.

O show marca o retorno de Júpiter a Porto Alegre, já com um novo trio (Ray-Z, guitarra e voz; Clayton Martin, bateria), depois de um bom tempo sem shows na cidade.

Rene Goya Filho é cineasta e produtor. Apaixonado por música e imagem, tem em sua trajetória a direção de muitos documentários, shows, séries para TV e DVDs dos mais diversos gêneros. Destaque para os longas Fandango (2007, 90 min.), Europa (2012,100 min) e Gaita na Fábrica (2018,110min), com foco no trabalho do gaiteiro Renato Borghetti e seu grupo. Dirigiu também os curtas Gaúchos Canarinhos (2007, 15 min.), sobre Aldyr Schelle, criador da camisa amarela da seleção brasileira e Um Risco no Céu (2008, 13min.), que resgata a vida e a obra do músico e compositor Carlinhos Hartlieb. Além disso, é diretor do longa Mais uma Canção (2012, 120min), sobre a trajetória de Bebeto Alves, na busca de uma identidade da canção feita no sul do Brasil. Foi indicado em 2018 ao Grammy Latino com a produção do documentário musical Borghetti Yamandu (2018, 114min). É sócio da produtora Estação Filmes, de Porto Alegre, e prepara para 2019 o lançamento de uma plataforma de vídeo e música na internet, a Viv.show.

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