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11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos
1 de junho de 2017

De 06 a 11 de junho a Cinemateca Capitólio Petrobras recebe a 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, uma realização do Ministério de Direitos Humanos, com produção nacional do Instituto Cultura em Movimento – ICEM, patrocínio da Petrobras e do Itaú e produção local da Primeira Fila Produções. A Mostra será realizada nas 26 capitais do país e no Distrito Federal, em centros culturais, instituições públicas e privadas e escolas.

Nesta edição, o circuito principal conta com 29 filmes entre curtas, médias e longas-metragens, divididos em três mostras: Panorama, Temática – que abordará questões de gênero, e Homenagem – com foco na obra da cineasta Laís Bodansky. Uma novidade este ano é a Mostrinha, voltada para o público infanto-juvenil e que exibirá outros oito curtas-metragens.

Destaque para as produções gaúchas Carol, de Mirella Kruel, e Epidemia de Cores, de Mário Eugênio Saretta, Madrepérola de Deise Hauenstein, De que lado me olhas de Ana Carolina de Azevedo e Elena Sassi e Pobre Preto Puto de Diego Tafarel.

A Mostra Panorama apresenta filmes selecionados a partir da convocatória pública e filmes que foram prospectados pela equipe de curadoria. São 17 produções que contemplam aspectos como direitos das pessoas com deficiência, população LGBT/enfrentamento da homofobia, memória e verdade, crianças, adolescentes e juventude, pessoas idosas, população negra, população em situação de rua, mulheres, direitos humanos e segurança pública, proteção aos defensores de direitos humanos, direito à participação política, combate à tortura, situação prisional, democracia e Direitos Humanos, saúde mental, cultura e educação em Direitos Humanos.

A Mostra Temática trata sobre a questão de gênero. Foram selecionados sete títulos que abordam temas relacionados às mulheres, orientação sexual e identidade de gênero, como, por exemplo, empoderamento feminino, violência contra a mulher, estereótipos de gênero, LGBTfobias, conquistas sociais, políticas e econômicas, o direito à igualdade e à não descriminação, dentre outros.

A Mostra Homenagem tem como tradição homenagear cineastas cuja filmografia explora a temática Direitos Humanos, trazendo-a para o foco dos debates. A homenageada desta edição é a cineasta Laís Bodansky, cuja obra tem relevância o debate sobre um mundo onde todos possam se reconhecer e viver a igualdade e direitos de oportunidades. Cinco filmes da cineasta fazem parte da programação.

A Mostra Cinema e Direitos Humanos é uma das estratégias do Governo Federal para a consolidação da cultura e educação em Direitos Humanos, ampliando espaços de debate e discussão por meio da linguagem cinematográfica e contribuindo para o exercício da solidariedade e do respeito às diversidades.

Para a realização da Mostra, o ICEM conta com uma rede de colaboradores locais espalhados por todo o país. “O produtor local é um grande multiplicador do valor cultural dos filmes exibidos e promotor de um debate aberto sobre a cultura, valores e temáticas nacionais. Ele responde pela Mostra nas capitais contempladas, nas instituições, organizações e nos meios de comunicações locais. Os produtores do projeto estão conectados em uma rede formada por diversos protagonistas, que viabilizam o funcionamento desta dinâmica relação”, diz a diretora do ICEM, Luciana Boal. Em Porto Alegre, a produção é da Primeira Fila Produções.

A Mostra em Porto Alegre também conta com uma exposição, que ficará em cartaz no Capitólio de 06 de junho a 02 de julho. Gestos, Camadas e Contexturas conta com seis obras de Tânia Oliveira e curadoria Alexandra Eckert. Tendo o ser humano como temática central, as pinturas de Tânia transmitem a reflexão da artista sobre corpos delicados e frágeis e coração sensível, de pessoas que tiveram suas vidas transformadas por algum infortúnio: dor, desespero e melancolia.

Segundo Tânia, o que está em questão nesta proposta é a noção de comunicabilidade. Tal possibilidade permite o intercambio de experiências e o conhecimento de realidades distintas, abandonando o silêncio do processo criativo para descortinar o contato com o outro.

A pintora atua há muitos anos como figurinista, especializando-se em filmes de época. Este trabalho de pesquisa e construção de personagem e de anatomia, Tânia acredita influenciar em sua pintura, encontrando a expressão e desconstruindo-a, como se pudesse moldá-la na tela.

No dia 10, às 18h, o público pode participar do debate “Ver com os ouvidos: o papel da audiodescrição na produção audiovisual”. A produção de audiodescrição no setor audiovisual é, mais do que uma recente exigência legal no Brasil, a garantia do direito de acesso de pelo menos 36 milhões de pessoas com deficiência visual à arte cinematográfica. Entre outros requisitos, o diálogo permanente entre produtores de cinema, de acessibilidade e o público torna-se indispensável para assegurar a qualidade funcional e estética deste recurso de acessibilidade comunicacional. Participam da atividade as produtoras e audiodescritoras na OVNI Acessibilidade Universal Mimi Aragón e Kemi Oshirom o produtor, diretor e artista digital da Bactéria Filmes, Pedro Marques, e o estudante de psicologia consultor e usuário de audiodescrição, Rafael Braz. O evento ocorre na Sala Multimídia com entrada franca.

Todas as exibições serão gratuitas. No site da Mostra – http://mostracinemaedireitoshumanos.sdh.gov.br é possível acompanhar quais sessões serão seguidas de debate e quais terão audiodescrição.

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