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Verdes Vales do Fim do Mundo de Antonio Bivar
19 de novembro de 2021

 

No próximo dia 27 de novembro, sábado, às 17h, a Cinemateca Capitólio realiza uma sessão em homenagem ao escritor e dramaturgo Antonio Bivar (1939-2020), exibindo uma autêntica raridade, que terá sua primeira exibição pública: o média metragem em Super 8 Verdes Vales do Fim do Mundo, dirigido pelo próprio Bivar. O filme, com 45 minutos de duração, é um registro da série de viagens realizadas por Bivar no início da década de 70, e que deram origem ao livro Verdes Vales do Fim do Mundo (1984). Editado pela gaúcha L&PM em sua saudosa coleção Olho da Rua, o livro narra as saborosas memórias das andanças de Bivar pelo continente europeu entre 1970 e 1971 e logo se tornou uma obra de culto para mais de uma geração de jovens leitores. Além das anotações em seus diários, Bivar também documentou sua passagem naquela ocasião por Londres, pelo interior da Inglaterra e por Dublin com uma câmera Super 8. O filme vem a público graças ao cineasta Luiz Carlos Lacerda, o Bigode (amigo pessoal de Bivar), que o cedeu à Cinemateca Capitólio para essa primeira apresentação pública. O material contém ainda registros de Bivar e seus amigos em Nova York e no Rio de Janeiro, também produzidos no mesmo período. A câmera do autor passeia com absoluta liberdade e fluidez por todos esses diferentes lugares, revelando imagens preciosas do centro de Londres, da feira de Portobello Road ou das marquises da Broadway anunciando espetáculos como Hair e Oh! Calcutta!, além de flagrantes do então jovem Bivar descobrindo o mundo.

Um dos mais premiados dramaturgos brasileiros, Antonio Bivar assinou textos como Cordélia Brasil, Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã e Alzira Power, e ficou conhecido como um dos primeiros autores a se debruçar sobre o movimento punk no Brasil (escreveu o volume O que é Punk, para a popular coleção Primeiros Passos da editora Brasiliense).

A sessão de Verdes Vales do Fim do Mundo será comentada pelo pesquisador Luís Francisco Wasilewski, grande conhecedor e admirador da obra de Bivar.

A entrada é franca, com retirada de senhas meia hora antes da sessão.

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