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Cinema Chris Marker
20 de junho de 2022

De 28 de junho a 8 de julho, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Cinema Chris Marker, com sete obras do realizador francês, incluindo marcos do filme ensaio como Carta da SibériaLa JetéeO Fundo do Ar é Vermelho e Sem Sol. A programação da mostra também propõe um diálogo do cinema de Marker com quatro filmes de outros realizadores: Aelita, a Rainha de Marte, de Yakov Protazanov, Paris 1900, de Nicole Vedrès, A Lenda dos Beijos Perdidos, de Vincente Minnelli, e Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock. O valor do ingresso é R$ 10,00.

A mostra Cinema Chris Marker tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França e do Institut Français.

 

CHRIS MARKER

Nascido Christian François Bouche-Villeneuve em 1921, Chris Marker começou sua carreira artística na década de 1940, publicando artigos e poemas na imprensa francesa. No final dessa década, seu único romance foi lançado (Le Cœur Net). Nos anos seguintes, realiza o primeiro filme, intitulado Olympia 52, filmado nos Jogos de Inverno daquele ano em Helsinki. Entre o final dos anos 1950 e o início dos 1960, momento em que surge a Nouvelle Vague, Marker ganhou protagonismo dentro do cenário de renovação do cinema francês. Em obras que transitam entre a ficção, o ensaio e o documentário, o diretor foi capaz de expressar as mudanças nas marés políticas e sociais, mantendo a coerência estética e política, sem jamais deixar de analisar o poder das imagens ou de se reinventar. Seus filmes transitam entre a documentação feita por fotomontagens, e uma atmosfera de ficção e sonho, criada pelo caráter ensaístico marcado pela narração e comentários filosóficos do autor ou dos atores.

FILMES

CARTA DA SIBÉRIA

Lettre de Sibérie

(França/União Soviética, 1958, DCP)

Ensaio/ 60’

Direção: Chris Marker

Um documentário sobre essa vasta – e, à época, misteriosa – região soviética. Acima de tudo, como escreveu André Bazin, “um ensaio humano e geopolítico sobre a realidade siberiana, vividamente iluminado pela fotografia. O autor conjuga inteligência, poesia e uma imaginação fabulosa”.

LA JETÉE

(França, 1962, DCP)

Ficção/27’.

Direção: Chris Marker

Filme francês influente e radical de ficção científica de 1962. Criado quase que inteiramente a partir de fotografias, conta a história de um experimento de viagem no tempo após uma guerra nuclear.

 

A SEXTA FASE DO PENTÁGONO

La Sixième face du Pentagone

(França 1967, DCP).

Documentário em cores/27’.

Em 21 de outubro de 1967, uma gigantesca manifestação aconteceu em Washington DC contra a guerra do Vietnã. A palavra de ordem “ação imediata” se dá como objetivo de ocupar simbolicamente o prédio do Pentágono, considerado como o coração da máquina militar. O filme segue esta ação passo a passo.

O FUNDO DO AR É VERMELHO

Le Fond de l’air est rouge

(França 1977).

Direção: Chris Marker.

Documentário em cores/180’.

As esperanças e as decepções suscitadas pelos movimentos revolucionários de 68 no mundo inteiro. Desde o regime chinês ao cubano, passando pela Primavera de Praga ou os movimentos estudantis e operários franceses, Marker nos relembra constantemente que não se pode simplificar o que nada tem de simples: as manifestações populares, os movimentos da política, os rumos incertos da História e da sociedade.

SEM SOL

Sans Soleil

(França 1982, DCP).

Direção: Chris Marker.

Documentário em cores/100’.

Cartas de um operador de câmera freelancer, Sandor Krasna, são lidas por uma mulher desconhecida. Viajando pelo mundo, ele continua atraído por dois “polos extremos de sobrevivência”, Japão e África, mais particularmente a Guiné-Bissau e as Ilhas de Cabo Verde. O cinegrafista se pergunta sobre a representação do mundo do qual ele é constantemente o artesão, e o papel da memória que ele contribui para forjar…

LEVEL FIVE

(França 1996, DCP).

Direção: Chris Marker.

Documentário em cores/105’.

Uma mulher, um computador, um interlocutor invisível: este é o dispositivo a partir do qual Level Five é construído. A mulher “herdou” uma tarefa: terminar de escrever um videogame sobre a Batalha de Okinawa, uma tragédia que é praticamente desconhecida no Ocidente, mas que desempenhou um papel decisivo na forma como a Segunda Guerra Mundial terminou.

AELITA – A RAINHA DE MARTE

Aelita

(União Soviética, 1924, digital)

Direção: Yakov Protazanov

Ficção/80’

 

Esta fantástica aventura de ficção científica com toques de comédia e política, retrata de maneira humorada a história de LOS, um engenheiro que vivia em Moscou e sonhava com AELITA, a rainha de Marte. LOS, levado pelo impulso do amor, constrói uma espaçonave e parte para Marte em busca de seus sonhos. Chegando lá, se encontra com AELITA e os dois se apaixonam. LOS acaba se envolvendo com o proletariado marciano e funda o partido Socialista Soviético da República de Marte.

 

PARIS 1900

(França, 1947, DCP)

Direção: Nicole Vedrès

Documentário/70’

Crônica da vida cotidiana de Paris entre 1900 e 1914, período perturbado pelos sinais da Primeira Guerra, o filme da escritora francesa Nicole Védrès é um quebra-cabeça iconográfico feito com excertos de mais de setecentos filmes, e marcado pela mistura de ficção e não ficção, e pelo engajamento sociopolítico declarado.

A LENDA DOS BEIJOS PERDIDOS

Brigadoon

(Estados Unidos, 1954, HD)

Direção: Vincente Minnelli

Ficção/108’

Mistura entre fantasia e dança, Brigadoon é o nome de uma cidade encantada que aparece no mundo que conhecemos apenas um dia em cada século. Para azar de Tommy Albright (Gene Kelly), ele se apaixona por Fiona Campbell (Cyd Charisse), uma das habitantes do vilarejo.

UM CORPO QUE CAI
Vertigo

(Estados Unidos, 1958, HD)

Direção: Alfred Hitchcock

Ficção/124’

O detetive aposentado John Scottie sofre de um terrível medo de alturas. Certo dia, um amigo pede a Scottie que siga sua esposa. Ele aceita a tarefa e começa a segui-la por toda parte. Ela demonstra uma estranha atração por lugares altos, levando o detetive a enfrentar seus piores medos. John começa a acreditar que a mulher é louca, com possíveis tendências suicidas, quando algo estranho acontece nesta missão.

GRADE DE HORÁRIOS

28/06 (terça)

 

19h – Carta da Sibéria

 

29/06 (quarta)

19h – Level Five

 

30 de junho (quinta)

17h – A Sexta Fase do Pentágono + La Jetée

19h – Um Corpo que Cai

 

1º de julho (sexta)

15h – O Fundo do Ar é Vermelho

18h – Paris 1900

19h30 – Aelita, a Rainha de Marte

 

2 de julho (sábado)

15h – Sessão Vagalume: Monstros S. A.

17h – Sem Sol

19h – Sessão Plataforma: Uma Noite Sem Saber Nada

 

3 de julho (domingo)

15h – Sessão Vagalume: Monstros S. A.

17h – O Fundo do Ar é Vermelho

 

5 de julho (terça)

15h – Sem Sol

17h – Um Corpo que Cai

 

 

6 de julho (quarta)

15h – Carta da Sibéria

17h – Level Five

19h – Paris 1900

 

7 de julho (quinta)

15h – Aelita, a Rainha de Marte

17h – Sem Sol

19h – A Sexta Fase do Pentágono + La Jetée

 

8 de julho (sexta)

15h – A Lenda dos Beijos Perdidos

17h – Carta da Sibéria

 

9 de julho (sábado)

15h – A Sexta Fase do Pentágono + La Jetée

10 de julho (domingo)

15h – A Lenda dos Beijos Perdidos

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