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Carlos Saura: Goya de Honra
24 de abril de 2023

 

De 2 a 12 de maio, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra Carlos Saura: Goya de Honra, com sete filmes do consagrado realizador espanhol, morto em fevereiro de 2023. Destacando clássicos como A Caça, Cria Cuervos e Bodas de Sangue, a programação é uma realização do Instituto Cervantes de Porto Alegre, com apoio da Academia de Cine e do Ministerio de Asuntos Exteriores, Unión Europea y Cooperación.

O valor do ingresso é R$ 10,00.

CARLOS SAURA

Carlos Saura é um dos cineastas mais internacionais do cinema espanhol. Sua obra se estende por mais de sessenta anos e é marcada pela investigação dos limites visuais e plásticos da sétima arte. O cinema, junto com a fotografia, soube acompanhá-lo em sua paixão por repensar a cultura tradicional espanhola e colocá-la no presente enquanto projetava sua personalidade artística no futuro.

Carlos Saura (Huesca, 1932) sentiu desde muito jovem o impulso pela arte que caracteriza a sua carreira. Apaixonado por música, pintura e, sobretudo, fotografia — paixão que nunca abandonou — deixou de lado os estudos de Engenharia Industrial para ingressar no Instituto de Pesquisas e Experiências Cinematográficas de Madri, onde se formou diretor em 1957 com a Tarde de Domingo. Um ano depois, seu documentário Cuenca (1958) obteve a Menção Especial do Júri no Festival de San Sebastián e, pouco depois, seu primeiro longa-metragem, Los golfos (1960), alcançou uma projeção internacional que culminaria com sua seleção no Festival de Cannes. Lá conheceu o cineasta Luis Buñuel, com quem fez uma grande amizade que também deu origem a colaborações artísticas como Llanto por un bandido (1964), onde o mentor de Buñuel faria uma participação especial. Ao lado do produtor Elías Querejeta, com quem trabalhou por mais de dezesseis anos, estreou La caza (1966), Peppermint Frappé (1967) —ambos ganhadores do Urso de Prata de melhor diretor no festival de Berlim— e outros títulos como O Jardim das Delícias Terrenas (1970), Ana e os Lobos (1973), Prima Angélica (1974), Criaa Cuervos (1976), Elisa, Minha Vida (1977), Mamãe Tem 100 Anos (1979) e Depressa, Depressa (1981 ), vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Por meio desses filmes, ele retratou com um sentido onírico, abstrato e muito pessoal os males que afligiram a Espanha durante a ditadura de Franco. Em 1981, iniciou outra das grandes linhas criativas de sua carreira, o cinema musical, com uma trilogia composta por Bodas de sangue (1981), Carmen (1983) e El amor brujo (1986), baseada na obra de Federico García Lorca , ópera de Georges Bizet e balé de Manuel de Falla, respectivamente. Em 1990 estreou ¡Ay, Carmela!, adaptação da comédia dramática de José Luis Sanchis Sinisterra, pela qual Saura recebeu dois prêmios Goya: de melhor diretor e de melhor roteiro adaptado com Rafael Azcona. Até o fim da vida, alternou produções dedicadas ao cinema musical com raízes latinas — Sevillanas (1992), Flamenco (1995), Tango (1998) e Salomé (2002)— com títulos como ¡Dispara! (1993), Taxi (1996), Pajarico (1997), Goya en Burdeos (1999) o El séptimo día (2004), além de dirigir ópera e teatro.

FILMES

 

 

A Caça

(La Caza)

Espanha, 1966, 88 minutos, DCP

Direção: Carlos Saura

 

Três veteranos da Guerra Civil Espanhola e um adolescente vão caçar coelhos nos campos onde outrora trocaram tiros.

 

Cria Cuervos

(Cría cuervos)

Espanha, 1976, 110 min, digital

Direção: Carlos Saura

 

Ana (Geraldine Chaplin) é uma mulher de tristes lembranças. Duas décadas antes, quando tinha nove anos, ela acreditava ter em suas mãos um misterioso poder sobre a vida e a morte de seus familiares. Assim teria causado a morte inesperada do pai, o militar franquista Anselmo (Héctor Alterio), logo após o doloroso martírio da mãe.

 

Elisa, Vida Minha
(Elisa, Vida Mia)

Espanha, 1977, 118 minutos, digital

Direção: Carlos Saura

 

Em uma fazenda isolada, Luís (Fernando Rey) e Elisa, sua filha (Geraldine Chaplin), se encontram depois de 20 anos de separação. Luís escreve o que parece ser um diário ou um romance sobre o seu passado.

 

Mamãe Faz 100 Anos

(Mamá Cumple 100 Años)

Espanha, 1979, 100 minutos, digital

Direção: Carlos Saura

 

Uma família comemora o que pode ser o último aniversário de sua matriarca, que está fazendo cem anos.

 

Bodas de Sangue

(Bodas de Sangre)

Espanha, 1981, 72 minutos, DCP

Direção: Carlos Saura

 

Antonio Gades é responsável por uma companhia de dança que está por realizar uma adaptação de uma obra de Federico García Lorca. Os ensaios, entretanto, revelarão situações mais inesperadas.

 

Goya

(Goya en Burdeos)

Espanha/Itália, 1999, 106 minutos, DCP

Direção: Carlos Saura

 

A vida de Francisco José de Goya y Lucientes, gênio da pintura espanhola, no período do exílio em Burdeos, no fim de sua vida.

 

Ibéria

(Iberia)

Espanha, 2005, 99 minutos, DCP

Direção: Carlos Saura

 

Inspirado pela música do compositor espanhol Isaac Albéniz, Ibéria mostra uma celebração que une a disciplina, a destreza e a paixão do flamenco com a música clássica, o balé e a dança contemporânea.

 

 

GRADE DE HORÁRIOS

2 a 12 de maio de 2023

 

 

2 de maio (terça-feira)

17h – Cria Corvos

19h – Elisa, Vida Minha

 

3 de maio (quarta-feira)

17h – Goya

 

4 de maio (quinta-feira)

15h – Elisa, Vida Minha

17h – Cria Corvos

19h – Mamãe Faz 100 Anos

 

5 de maio (sexta-feira)

15h – Goya

17h – Mamãe Faz 100 Anos

 

6 de maio (sábado)

17h – Ibéria

19h – A Caça

 

7 de maio (domingo)

17h – Cria Corvos

19h – Bodas de Sangue

 

9 de maio (terça-feira)

15h – Mamãe Faz 100 Anos

17h – Cria Corvos

 

10 de maio (quarta-feira)

15h – Elisa, Vida Minha

19h – Goya

11 de maio (quinta-feira)
15h – Cria Corvos
17h – Elisa, Vida Minha

12 de maio (sexta-feira)
15h – Goya
17h – Mamãe Faz 100 Anos

 

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