Programação

Sala de Cinema

Horários

27/11/2018 • 17:00h

CEN 2018: Mostra Strangloscope

Entrada franca
O Duo Strangloscope, dos artistas Cláudia Cárdenas & Rafael Schilchting, integra a programação do CEN 2018 com a performance Carcará, com filmes e projetores 35mm, 16mm e Super 8 e uma curadoria de seis filmes experimentais de artistas do México, Argentina, EUA, Espanha, Venezuela e França, três deles em 16mm, que refletem e dão forma a questões sobre existência e resistência.

Carcará

Performance Duo Strangloscope com filmes e projetores 35mm, 16mm e Super 8

Triptico B - Los Ingravidos, 17’,Mexico. 2015.

Sinopse: Composição do trance sonoro da imagem que junta à experiência singular de um país com o olhar que o benjaminiano Anjo da Historia sustém diante de uma catástrofe comum.

NN – Pablo Mazzolo, 2’30”, 16mm, Argentina, 2017.

Sinopse: NN - Nomen nescio (latim para “sem nome”), uma pessoa cujo nome é desconhecido. O filme se desenvolve entre o espectro de cidadãos desaparecidos desde a última ditadura militar na Argentina (1976-1982), visando a uma reflexão sobre o sujeito humano como anônimo. O filme reanima filmagens quadro a quadro de um jornal argentino. Trabalho realizado como parte da série Sucessos Argentinos (2014), organizada pelo Museu de Cinema Pablo Duckrós Hickens. Finalizado em 16mm em 2017. O filme reflete sobre o anonimato do sujeito, em torno do fantasma dos desaparecimentos pela ditadura militar na Argentina.

Broken Tongue – Monica Saviron, 3’, 16mm, USA, 2014

Sinopse: Broken Tongue é uma ode à liberdade de movimento, associação e expressão. É uma homenagem à diáspora das diferentes ondas de migração e desafia a maneira como representamos nossas narrativas. É uma busca por uma consciência renovada, por reinvenção, um “e se”, o equivalente formal de fazer uma pergunta expressa com uma língua quebrada - ou não tão quebrada depois de tudo.

Feito principalmente com imagens das edições de 1º de janeiro do The New York Times desde seu início em 1851 a 2013, Broken Tongue é uma sincera homenagem à artista de som de vanguarda Tracie Morris e ao seu poema Afrika.

Intertropical Vision – Adriana Vila Guevara, 4’40”, Espanha-Venezuela, 2018

Sinopse: Ao contrário da padronização de um único ponto de vista hegemônico, o centro nos trópicos não é o todo, mas o ponto de partida de uma poderosa gama de visões. Inspirado no dispositivo óptico de Olafur Eliasson, Viewing Machine (2003), o Intertropical Vision é uma viagem ao centro da múltipla e indomável condição da floresta tropical brasileira.

Between Relating and Use, Nazli Dinçel, 9’, 16mm, gravador a laser, Ektachrome, Argentina/EUA, 2018

Sinopse: Tomando emprestado palavras de “Transnational Object” de Laura Mark e “Transitional Object” de DW Winnicott, este filme é uma tentativa de fazer um trabalho ético em uma terra estrangeira. Evitando assumir a posição de etnógrafo, nos viramos e exploramos o lado interior, sobre como nós usamos nossos amantes.

Pulling up roots, Cecelia Condit, hd, 8’, França, 2015

Sinopse: "Arrancando raízes" é a jornada emocional de uma mulher que está navegando a tensão tênue entre o passado eo futuro.

Existir/Resistir Curadoria Duo Strangloscope Refletir sobre como pensamos as imagens, para nós que realizamos cinema experimental é desafio constante e diário no sentido de rearticularmos uma experiencia cinema fora da ordem estabelecida. Mas como persistir, resistir, proseguir em tempos de crise, guerrilha urbana, catástrofe? Pensar numa forma cinema que nos mobilize a reagirmos aos tentáculos do captitalismo em seu retorno aos modos fascistas de atuação sobre nós, que busque responder a questões que permanecem: Como pensar política hoje? Como pensar arte e política? Como pensar a alteridade? Como trabalhar e criar junto? O que fazemos e em que pensamos quando construímos imagens? Como somos construídos a partir de imagens? Todas essas questões norteiam há algum tempo nossos pensamentos. Temos, todos, a partir do olho, as formas todas da natureza, a dimensão, a cor. A partir dos ouvidos, os sons e suas reverberações infinitas. Criar formas e sons é habitá-los e por eles sermos habitados. As paisagens/ imagens visuais e sonoras são um dos modos da presença que tornam uma só a realidade do objeto em si e a sua existencia. Imaginar é ausentar-se, é lançar-se a uma vida nova. Excentrificar-se? Como pensar uma nova forma de existir em meio ao que vivemos? Esta seleção de filmes experimentais que apresentamos aqui buscam pensar/refletir e dar forma a estas questões.

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