Programação

Sala de Cinema

Horários

09/07/2022 • 17:00h

90 anos de Textor e o acervo da Cinemateca Capitólio + debate

Entrada franca
– As colônias italianas no Rio Grande do Sul (1975, 17min, 35 mm para DCP)
– Carrossel (1985, 10min, 35 mm para DCP)
– Crônica de um rio (1988, 10min, 35 mm para DCP)

A sessão dos filmes de Antonio Carlos Textor será seguida por um debate em torno da obra do cineasta e do trabalho de preservação dos filmes do acervo da Cinemateca Capitólio. O debate contará com representantes da Cinemateca Capitólio (o técnico em cultura Marcus Mello e o programador Leonardo Bomfim Pedrosa) e os curadores da Mutual Films (Aaron Cutler e Mariana Shellard).

Antônio Carlos Textor fez 90 anos no dia 11 de fevereiro de 2022. O cineasta gaúcho, nascido no munícipio de Soledade em 1932, começou a fazer filmes em 1963 e seguiu nesta direção por mais de cinco décadas. “Eu sou um cara que gosto muito do curta”, Textor falou com afeição em 1997 em uma entrevista no programa televisivo gaúcho Persona Grata (https://www.youtube.com/watch?v=okFCnbp_8OU&t=577s). A frase é adequada para um cineasta que experimentou diferentes estilos em mais de 20 filmes no formato de curta-metragem, muitos deles premiados em festivais ao redor do Brasil.

 

Tanto em documentários, quanto em ficções de natureza mais lírica e experimental, Textor trouxe poesia para o formato do curta-metragem em um esforço de registrar a vida urbana de Porto Alegre, com interesse corolário nas paisagens, as quais também se estenderam para as áreas rurais e para a vida singela das comunidades de imigrantes ao redor do Rio Grande do Sul. “O novo cinema gaúcho começou com Textor”, escreveu o cineasta Jorge Furtado em 2003, na ocasião de uma retrospectiva realizada na Sala P.F. Gastal, celebrando a obra de um pioneiro que rompeu com a tradição gaúcha de narrativas históricas ao registrar para a câmera o mundo atual como ele o viu.

 

São três títulos notáveis de Textor, recém-digitalizados em 4K a partir de cópias em 35 mm encontradas no acervo da Capitólio (http://www.capitolio.org.br/), onde foram depositadas pelo diretor (o recente fechamento forçado da Cinemateca Brasileira impossibilitou acesso aos negativos). Os escaneamentos das cópias foram realizados em parceria com a produtora gaúcha Panda Filmes (https://www.pandafilmes.com.br/) dentro do projeto público “Memória Audiovisual”, que também digitalizou cópias de dois outros curtas gaúchos – Vicious (1988, dir. Rogério Brasil Ferrari) e Amigo Lupi (1992, dir. Beto Rodrigues). Um quarto filme de Textor, A Cidade e o Tempo (1970), foi tirado do projeto por não se encontrar em bom estado de conservação. A equipe da Cinemateca Capitólio atualmente visa digitalizar a única cópia existente em 35 mm do longa-metragem Um é Pouco, Dois é Bom (1970), de Odilon Lopez, que se encontra no acervo da instituição.   

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