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Pesquisadora Gabriela Linck debate clássico de Alexander Kluge
7 de maio de 2018

Na terça-feira, 15 de maio, às 19h30, outra sessão especial da mostra Destrua-se: Maio de 68 no Cinema apresenta Perplexos: Artistas na Cúpula do Circo, um dos primeiros longas do diretor alemão Alexander Kluge, filme essencial do pensamento político cinematográfico dos anos 1960. Após a exibição, acontece um debate com Gabriela Linck, coordenadora da seção alemã da associação internacional de pesquisadores de cinema CAMIRA (Cinema and Moving Image Research Assembly) e pesquisadora da obra do diretor alemão. Com entrada franca, a sessão tem apoio do Goethe-Institut Porto Alegre.

PERPLEXOS: ARTISTAS NA CÚPULA DO CIRCO

(Die Artisten in der Zirkuskuppel: ratlos)

dir. Alexander Kluge

Alemanha, 1967, 104 min.

Exibição digital.

Como seu pai antes dela, a dona de circo Leni Peickert (Hannelore Hoger) também quer levar o desempenho artístico a seu ponto máximo. Ao mesmo tempo, seu ideal é a naturalidade. Ela quer mudar o circo, mas suas inovações levam a empresa à bancarrota. “Se o capitalista faz aquilo de que gosta,/ e não aquilo que lhe traz vantagem,/ Não recebe apoio de ninguém”. Revigorada, Leni Peickert busca uma segunda chance, agora na televisão comercial. Leão de Ouro no Festival de Veneza.

Alexander Kluge é advogado, cineasta e escritor. Ele vive em Munique e já dirigiu 54 filmes, entre eles Despedida de Ontem (1966), Trabalhos Ocasionais de uma Escrava (1973), Em Caso de Perigo E de Grande Risco, o Meio-Termo Leva à Morte (1974), A Patriota (1979) e o monumental Notícias da Antiguidade Ideológica – Marx, Eisenstein, “O Capital” (2008), tendo sido diversas vezes premiado, entre outros com o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza, com o Prêmio Georg Büchner (2003) e com o Prêmio Theodor W. Adorno (2009) como reconhecimento de sua contribuição extraordinária às áreas de filosofia, música, teatro e cinema.

Gabriela W. Linck é graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com apoio da PROPESQ, e mestre em Meios e Processos Audiovisuais pela Universidade de São Paulo, com bolsa FAPESP. É coordenadora da seção alemã da associação internacional de pesquisadores de cinema CAMIRA (Cinema and Moving Image Research Assembly). Assina a tradução de obras literárias como “A História da Imagem Perdida”, de E.T.A. Hoffmann, poemas de J.W. Goethe e a peça expressionista “Da Aurora à Meia-Noite”, de Georg Kaiser, bem como obras de videoarte de Dan Graham, Joseph Beuys, entre outros. Também atua como tradutora e colaboradora em catálogos de mostras cinematográficas (tendo traduzido Jacques Rivette, Jonas Mekas, Alexandr Sokurov). Como crítica de cinema e literatura, colaborou nas revistas Interlúdio, Rebeca (SOCINE), Cadernos de Não-Ficção, Aurora (PUC-RS), Zinematógrafo, La Furia Umana (Itália) e extinta Revista Contngentia (UFRGS), da qual fez parte do corpo editorial por 3 anos. Recentemente foi membro do Júri CAMIRA no “Fronteira – I Festival de Filme Documentário e Experimental” e curadora das mostras cinematográficas “Nouvelle Vague Tcheca – O Outro Lado da Europa”, exibida nas unidades do Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo e Rio de Janeiro, e “Frutos do Paraíso”, exibida na Sala P.F. Gastal, em Porto Alegre.

 

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